Vinho de Chão de Areia - a pequenina Colares e seus vinhedos pré-filoxéricos
Queridos amigos,
Esta é uma postagem resumida, pretendemos dedicar um texto bem mais aprofundado sobre esta inesquecível visita realizada hoje, aqui em Portugal.
No momento estou acompanhando o grupo da "3a. Edição do Tour de Vinhos Portugal", já na fase final pelas terras continentais!
E nosso desafio é sempre surpreender, trazer algo novo, mostrar mesmo que vinho é cultura e história.
Neste tour tivemos grandes encontros, desde o Porto, Douro, Bairrada, Alentejo, Setúbal.
E aqui, próximo a Lisboa, uma experiência verdadeiramente única: visitar uma adega em uma pequena denominação de origem portuguesa muito, mas muito antiga, fadada ao desaparecimento - Collares.
A chuva não permitiu que fôssemos até os vinhedos escavados em regiões de dunas da Denominação de Origem Colares. Fadada ao desaparecimento pela especulação imobiliária da região, restam menos de dez / quinze hectares cultivados. São vinhedos plantados em buracos em regiões arenosas, onde as videiras levam anos para chegar "sobre a terra" e tem baixíssimo rendimento. As profundidades do plantio não permitiram a entrada e desenvolvimento da filoxera.
Conseguimos agendar a visita com José Baeta, na sede da empresa "Viuva Gomes", clássica produtora da região, que atenciosamente nos recebeu e preparou uma grande degustação.
Aqui uma foto de um vinhedo "de chão de areia", na clássica região de Colares, próximo a Sintra e Lisboa, litoral português, que tirei hoje no material apresentado durante a visita a "Viúva Gomes".
A região teve seu auge no início do século quando a praga da filoxera arrasou os vinhedos de toda Europa, exceto esta zona, que, por este peculiar estilo de cultivo, conseguiu se proteger. As variedades são a branca Malvazia e a tinta tânica, complexa e muito, mas muito longeva Ramisco (Vinhos para elaborar para netos, como me disse a Filipa Pato).
A região teve seu auge no início do século quando a praga da filoxera arrasou os vinhedos de toda Europa, exceto esta zona, que, por este peculiar estilo de cultivo, conseguiu se proteger. As variedades são a branca Malvazia e a tinta tânica, complexa e muito, mas muito longeva Ramisco (Vinhos para elaborar para netos, como me disse a Filipa Pato).
Tem quem adore os vinhos, tem quem os ache estranhos, mas são absolutamente únicos.
(com o proprietário da vinícola, Sr José Baeta)
Provamos um da safra de 1969 e ainda tem estrutura para muitas décadas, pois é tânico, é rústico, é diferente. É o mais puro vinho de terroir.
Comentários
Abs
Valéria
Abraços e aquela inveja boa,
Ducati