Decifrando os vinhos Italianos | Saiba mais
Ler um rótulo de vinho europeu não é uma tarefa simples. Exige do consumidor um tanto de boa vontade, cultura, conhecimento de geografia e até dados históricos. Quando se fala em Itália, temos o "ápice" desta constatação: os rótulos, de regiões centenárias em tradição, podem misturar nomes de uvas, cidades, processos, além das características do produtor e termos que a lei permita escrever (riserva, superiore, etc).
É importante entender que na Lei Italiana, há uma classificação por categorias, que resumidamente são (as principais):
Vino di Tavola de tal região - considerados "fora de padrão" das denominações de origem, são geralmente os vinhos mais simples de cada região, não atendendo as regras que as DOCs impõem. (há as exceções dos casos dos "supertoscanos", supervênetos, etc, mas é assunto para um próximo post...) São os vinhos de "mesa", consumo rápido, o que não deixa de oportunizar agradáveis surpresas e, em sua maioria, preços muito atrativos.
IGT - Vinhos de Indicação Geográfica Típica - São vinhos que se referem a região produzida, com regras demarcadas, porém não tão fechadas quanto as das Denominações de Origem. Há padrões a seguir em cada uma, mas referem-se a uma extensão maior de território, com certa liberdade para processos de elaboração (que também são regulamentados), assim como variedades a serem utilizadas. Um exemplo é o Sassicaia IGT Bolgheri, Toscana, que é elaborado com Cabernet Sauvignon.
Denominação de Origem Controlada - São cerca de 250 zonas de DOC e 700 vinhos assim classificados, sendo que, em aspectos comerciais, cerca de vinte denominações representam quase 45% da produção total de "DOC" do país (Valpolicella, Chianti, etc). Foi algo criado para proteger as características regionais, elaboração, uvas, com regras bem definidas; porém, com o amplo número de produtores de cada zona, para aprimorar ainda mais as especificidades, criaram-se as DOCGs.
Denominação de Origem Controlada e Garantida - São o topo da pirâmide da enologia italiana, as estrelas, reis e rainhas, sendo 14 as principais zonas que compreendem as "Denominações de Origem Controladas e Garantidas". Restritos, de produção limitadíssima e , muitas vezes, raros de encontrar (conforme safra ou região), são sempre magníficas experiências para o paladar. As avaliações de comitês são ainda mais duras do que nas Denominações de Origem, podendo ser um vinho totalmente elaborado visando ser um DOC: são diversas as degustações, correndo o risco do mesmo ser desclassificado se não cumprir a minima das exigências em qualquer uma das instâncias.
Enfim, é um assunto super complexo, sujeito a "várias interpretações".
Uma regra que "quase sempre" funciona é que em boa parte dos vinhos de Denominação de Origem o nome da uva está antes das cidades/regiões produtoras, como:
- Prosecco di Valdobiadenne (uva Prosecco da região de Valdobiadenne)
- Montepulcianno d'Abruzzo
- Dolcetto d'Alba
- Moscato D'Asti
O que vale é que não devemos nos restringir, ter medo de provar algo diferente com medo de errar. Degustar um vinho italiano é um dos grandes prazeres da enologia, pois convida a estudar, ler, relembrar viagens (quem sabe planejar algumas...). O máximo que pode acontecer é provar algo bem diferente do que se está habituado e... tim-tim!!
Vamos aprender então?
Decifrando os Vinhos Italianos
Uvas típicas e Denominações de Origem
20 de fevereiro, quinta-feira, 19h30
Vinho e Arte Casa . Rua Múcio Teixeira, 107 . Bairro Menino Deus . Porto Alegre
Fone 51 3072 1777 / 9331 6098
Valor individual: R$ 90,00
Venha degustar e debater sobre o assunto, com apresentação da enóloga Maria Amélia Duarte Flores.
Vinhos:
- De Valier IGT Soave, Vêneto - uva Garganega
- Espumante Cuvee Excelsa Prosecco Riondo - uva Prosecco
- Bonacchi Montepulciano D'Abruzzo DOC - uva: Montepulciano
- Impero Riondo Valpolicella Ripasso, Vêneto - uvas: Corvina, Rondinella e Molinara
- Impero Riondo Amarone della Valpolicella DOC Classico - uvas: Corvina, Rondinella e Molinara (estilo de vinho que a partir das próximas safras será DOCG)
- Camigliano Rosso di Montalcino DOC - uva: Sangiovese Grosso
Inclui: degustação, frutas, queijos, água.
Reservas e informações
51 3072 1777 / 9331 6098
(Olha eu ali por Radda in Chianti, uma das cidades que estão dentro da zona do Chianti Classico. Um vinho Chianti pode ser DOC ou DOCG, seja como for é sempre elaborado na Toscana, a uva é Sangiovese... mas "tudo depende" de pequenos detalhes para saber sua categoria, classe, estilo)...
É importante entender que na Lei Italiana, há uma classificação por categorias, que resumidamente são (as principais):
Vino di Tavola de tal região - considerados "fora de padrão" das denominações de origem, são geralmente os vinhos mais simples de cada região, não atendendo as regras que as DOCs impõem. (há as exceções dos casos dos "supertoscanos", supervênetos, etc, mas é assunto para um próximo post...) São os vinhos de "mesa", consumo rápido, o que não deixa de oportunizar agradáveis surpresas e, em sua maioria, preços muito atrativos.
IGT - Vinhos de Indicação Geográfica Típica - São vinhos que se referem a região produzida, com regras demarcadas, porém não tão fechadas quanto as das Denominações de Origem. Há padrões a seguir em cada uma, mas referem-se a uma extensão maior de território, com certa liberdade para processos de elaboração (que também são regulamentados), assim como variedades a serem utilizadas. Um exemplo é o Sassicaia IGT Bolgheri, Toscana, que é elaborado com Cabernet Sauvignon.
Denominação de Origem Controlada - São cerca de 250 zonas de DOC e 700 vinhos assim classificados, sendo que, em aspectos comerciais, cerca de vinte denominações representam quase 45% da produção total de "DOC" do país (Valpolicella, Chianti, etc). Foi algo criado para proteger as características regionais, elaboração, uvas, com regras bem definidas; porém, com o amplo número de produtores de cada zona, para aprimorar ainda mais as especificidades, criaram-se as DOCGs.
Denominação de Origem Controlada e Garantida - São o topo da pirâmide da enologia italiana, as estrelas, reis e rainhas, sendo 14 as principais zonas que compreendem as "Denominações de Origem Controladas e Garantidas". Restritos, de produção limitadíssima e , muitas vezes, raros de encontrar (conforme safra ou região), são sempre magníficas experiências para o paladar. As avaliações de comitês são ainda mais duras do que nas Denominações de Origem, podendo ser um vinho totalmente elaborado visando ser um DOC: são diversas as degustações, correndo o risco do mesmo ser desclassificado se não cumprir a minima das exigências em qualquer uma das instâncias.
Enfim, é um assunto super complexo, sujeito a "várias interpretações".
Uma regra que "quase sempre" funciona é que em boa parte dos vinhos de Denominação de Origem o nome da uva está antes das cidades/regiões produtoras, como:
- Prosecco di Valdobiadenne (uva Prosecco da região de Valdobiadenne)
- Montepulcianno d'Abruzzo
- Dolcetto d'Alba
- Moscato D'Asti
O que vale é que não devemos nos restringir, ter medo de provar algo diferente com medo de errar. Degustar um vinho italiano é um dos grandes prazeres da enologia, pois convida a estudar, ler, relembrar viagens (quem sabe planejar algumas...). O máximo que pode acontecer é provar algo bem diferente do que se está habituado e... tim-tim!!
Vamos aprender então?
Decifrando os Vinhos Italianos
Uvas típicas e Denominações de Origem
20 de fevereiro, quinta-feira, 19h30
Vinho e Arte Casa . Rua Múcio Teixeira, 107 . Bairro Menino Deus . Porto Alegre
Fone 51 3072 1777 / 9331 6098
Valor individual: R$ 90,00
Venha degustar e debater sobre o assunto, com apresentação da enóloga Maria Amélia Duarte Flores.
Vinhos:
- De Valier IGT Soave, Vêneto - uva Garganega
- Espumante Cuvee Excelsa Prosecco Riondo - uva Prosecco
- Bonacchi Montepulciano D'Abruzzo DOC - uva: Montepulciano
- Impero Riondo Valpolicella Ripasso, Vêneto - uvas: Corvina, Rondinella e Molinara
- Impero Riondo Amarone della Valpolicella DOC Classico - uvas: Corvina, Rondinella e Molinara (estilo de vinho que a partir das próximas safras será DOCG)
- Camigliano Rosso di Montalcino DOC - uva: Sangiovese Grosso
Inclui: degustação, frutas, queijos, água.
Reservas e informações
51 3072 1777 / 9331 6098
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