França - um resumo sobre as principais regiões!!

Regiões da França
*coluna ZH publicada em abril/2011


(com Nicolas Joly, no Coulee de Serrant)

História, charme, autenticidade: a França tem um toque especial em
tudo o que elabora. A junção holística de solo, clima, mão humana, ou
seja, o famoso conceito de “terroir”, se expressa em tudo que lá
surge. Sejam os queijos, azeites, pães, doces, tudo tem uma forma de
se elaborar muito vinculada a terra de origem, sendo que nos vinhos,
não poderia ser diferente. São mais de vinte mil tipos diferentes de
vinhos elaborados, espalhados por centenas de denominações de origem e
milhares de propriedades, sendo a grande paixão dos apreciadores. De
sul a norte, lá estão as principais variedades de uvas usadas no mundo
inteiro. Conheça!




Bordeaux –Grandes castelos, clássicos, pura elegância. É a terra onde
surgiram as uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, além da branca Sauvignon
Blanc. Contemplando mais de dez mil produtores, sua divisão se dá em
várias sub-regiões e uma classificação qualitativa que ocorreu em
1855, agrupando os produtores em cinco categorias. São considerados os
“Premier Grand Crus Classes” os vinhos do Ch Haut Brion, Margaux,
Lafite-Rothschild, Latour e, posteriormente, via decreto presidencial,
o Ch Mouton Rothschild. Na outra margem do rio, destacam-se ícones
como Chateau Petrus e Le Pin, que atingem cifras milhonárias nos
leilões onde são comercializados.


(Chateau Cos d Estournel - Pauillac)


(Loupiac e muitas histórias, visita vip com a amiga Ângela Jurado, que cuida dos nossos tours em Bordeaux)

Bourgogne – Ao contrário de Bordeaux, a Bourgogne se caracteriza pelos
pequeninos produtores e as centenas de vinhos de terroir, originais da
reforma agrária francesa. Sua principal cidade é Beaune. Assim, os
minifúndios produzem tintos de incrível personalidade, muita fruta,
boa acidez, todos a partir da uva tinta Pinot Noir e da branca
Chardonnay. Outro clássico da região é o Romaneé Conti, um tinto que
pode envelhecer muitos anos e concorre em preço com as estrelas de
Bordeaux. São perfeitos para acompanhar pratos locais, como pato.

(Aloxe Courton)

Alsacia – situada na fronteira com a Alemanha, tem uma identidade
própria muito marcante. A capital é Estrasburgo. As uvas brancas são
as estrelas, todos com estilo germânico: Riesling, Gewurztraminer,
Pinot Gris, Sylvaner, entre outras. O clima frio permite um ótimo
amadurecimento, assim, acidez e aromas pronunciados de flores marcam
as taças. Acompanha um belo prato de gastronomia tailandesa. Destaque
para o movimento biodinâmico de resgate da agricultura primitiva,
muito forte entre seus produtores.

Champagne – mítica, única, cheia de borbulhas. Está ao norte de Paris.
Sua capital Reims era a cidade onde os reis eram coroados. Todo este
charme está em cada garrafa lá elaborada, sempre pelo método
tradicional, desenvolvido por Don Perignon e aprimorado por Madame
Clicquot. As uvas utilizadas são exclusivamente Chardonnay, Pinot Noir
e Pinot Meunier. Nos grandes anos, é chamada “Millesime”. Harmoniza
com tudo, a toda hora; um bom Champagne não precisa de motivos
especiais, ele torna qualquer hora especial.


(produtores de Gigondas)

Provence/Rhône –O sul da França concentra inúmeras surpresas. De
Marselha à Lyon, uma coleção de aguçar os sentidos. É a terra da
Syrah, Mouvedre, Grenache, que resulta tanto em vinhos rosados
(tradicionais Roses de Provence) aos clássicos Cotes-du-Rhône e
cobiçadíssimos Cote-Rotîe. Outra jóia é o Chateauneuf-du-Pape, uma
pequenina região onde 13 uvas entram na mescla do vinho. O resultado?
Vinhos densos, encorpados, de enorme personalidade, que se transformam
ao longo do tempo e combinam com perfeição com uma bela carne de caça.

Abaixo, Cassis, Marselha, um dos locais mais belos do mundo!!

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