Preciosidade de vinícola em uma mina de Ametistas! A Vinícola Ametista - Parte II

Após o almoço e tantas boas energias das ametistas na Igreja da cidade, vamos ao vinho!

Seguimos para a sede da Vinícola Ametista!

Está localizada na estrada entre Frederico Westphalen e Ametista do Sul, bem perto ao centro da cidade. O acesso é fácil, não necessita agendamento. Na chegada, já é possível ver os vinhedos e vistas panorâmicas do vale que se abre defronte a propriedade.



Começamos pela parte de elaboração. Destaque para a limpeza e organização da vinícola. A capacidade de elaboração é de 40 000 garrafas. Elaboram tanto vinhos finos quanto de mesa, com uvas da região.



(muito inusitado para os visitantes: é necessário colocar capacete, uma forma de garantir a segurança de todos, para o acesso as caves)

Fazia muito calor, mas a temperatura das galerias, segundo Sílvio, é sempre constante: 16 a 18 graus. Era hora de ir conhecer as minas subterrâneas. Hoje a mineração foi desativada neste garimpo; ainda há geodos expostos. Quase oculta no morro, a pequena entrada "engana" aos olhares menos atentos... não dá para imaginar o que vem pela frente...


*vista da entrada a partir do interior da Mina

Sobre os Geodos, diz o site da CPRM - Serviço Geológico do Brasil:

As mineralizações de ametista e ágata ocorrem na zona vesicular dos derrames vulcânicos, aparecendo como minerais secundários preenchendo cavidades irregulares denominadas de geodos. Estes geodos representam bolhas de gás aprisionadas no topo dos derrames durante o processo de resfriamento rápido da lava. Normalmente são preenchidos por cristais de ametista, ágata, quartzo branco e/ou rosa, onix, jasper, calcita, apofilita, zeolita, opala, gipsita e barita. 

 
As principais áreas de explotação situam-se no estado do Rio Grande do Sul, onde a extração dos geodos é feita com o auxílio de galerias que alcançam as zonas mineralizadas no interior do maciço.


Estas gemas são exportadas principalmente para os Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Suica, Canadá e Tailândia, Coréia, Austrália, Índia e Espanha, onde são utilizadas no fabrico de jóias ou como parte de coleções institucionais ou particulares.

(foto: Geodo localizado no interior da mina da Vinícola Ametista)

Além dos depósitos de gemas, as litologias da Formação Serra Geral constituem-se em excelente fonte de material para a industria da construção civil. Dentre os produtos extraídos destacam-se, as pedras para alicerce, meio fio, paralelepípedos, brita, saibro e placas para uso como pedra ornamental. O uso deste produto vai desde a cobertura com paralelepípedos das ruas de cidades até a construção de casas e igrejas de pedra, de grande porte, uma das características arquitetônicas das cidades gaúchas da Região da Serra. 


O magmatismo Serra Geral tem sido apontado como objeto de importantes investigações para suas potencialidades de mineralizações de Ni-Cu e EGP (elementos do grupo da platina), devido ao fato de que províncias de basaltos continentais (CFB) muito semelhantes a esta conterem algumas das maiores mineralização conhecidas destes elementos, como são os depósitos de Muscox no Ártico Canadense, Crystal Lake no centro norte dos EUA e, especialmente, os complexos de Jinchuan na China e de Noril’sk-Talnakh na Plataforma Siberiana, este último correspondendo aos maiores depósitos de Ni-Cu e EGP do mundo.





Então! Adentramos a cave. São quase 500m de galerias já preparadas para receber as garrafas, barris e visitantes. Segundo Sílvio, os barris de carvalho também estão encomendados e chegam em breve. No lado externo, está sendo montada a parte tecnológica para espumantes: o método Champenoise acontecerá dentro da mina!


Por toda a parte é possível observar os geodos com ametistas, de diversas cores e brilhos! Sensacional.
O trabalho de limpeza e organização da mina foi muito bem feito, preservou a originalidade e também possibilita uma agradável caminhada.



Guilherme e Sílvio ficaram de modelo para que pudéssemos mostrar o tamanho - altura - das galerias!


A cada nova "curva" se descobrem os varietais em envelhecimento.
Milimetricamente organizados, aqui estão os varietais "Tannat".


As imagens falam mais do que palavras, é quase indescritível!


A vinícola realizou todo o projeto de iluminação, não há entrada de luz natural.


Ametistas de todos os tamanhos!



Esta é uma das vistas das aberturas das galerias!


E a magia e variedade de cores das pedras ali esculpidas e desenhadas pela natureza encantam!


Silvio também comentou que ainda há muitas galerias por organizar. Assim, realizou isolamento de algumas áreas, focando não só a organização mas também ventilação e segurança.



Comentou que, na última safra, a Sauvignon Blanc chegou a 16ºGL naturais, devido a seca e atraso na colheita! Aqui repousa a safra de 2011.


Nesta etapa, deseja receber os visitantes, promover degustações, experiências diferenciadas!





(Maria Amélia e o proprietário Sílvio Pôncio, Vinícola Ametista)






Observe o detalhe dos geodos de ametistas no espaço reservado aos vinhos Merlot e Cabernet! Se as pedras são transmissoras de boas energias, certamente, estes vinhos estão recebendo muitas boas vibrações!



A demanda regional, tanto de produção quanto consumo, pede vinhos de uvas americanas. E qual o problema em elaborar com qualidade um vinho de mesa? Se há mercado e há qualidade e respeito ao consumidor, tudo bem!



Religiosos dizem que esta pedra representaria a imagem da Virgem Maria com o menino Jesus no colo... jóias, obras de arte da natureza




O circuito estava terminando... esta é a passagem da saída.



A vinícola tem um moderno projeto arquitetônico! Era hora de conhecer os vinhos!



A beleza das pedras da região está por tudo!
Mais do que riqueza, é autenticidade.


Observe os detalhes da mesa feita a partir de uma única pedra extraída na região, mesclando os diferentes minerais. Uma preciosidade!!




A linha de vinhos de mesa chama-se "Jazida".

No segmento de vinhos finos, Ágata! Na compra de caixas o cliente ganha como brinde pedras!
Muito original!



Degustamos o Ágata Sauvignon Blanc (muito peculiar, muito corpo e sobrematuração), assim como o Tannat, bastante frutado. A vinícola também possui suco de uva!


(vista externa da Ametista)

Era hora de seguir! Antes de ir embora, aproveitamos para visitar o Museu da Ametista, com uma incrível coleção! Vale voltar e conferir com calma os detalhes e aprender mais sobre geologia!

A cidade oferece como opção de hospedagem o Hotel das Pedras. Além disto, pode ser opção de passeio para quem segue a Iraí, Chapecó ou arredores!

Para conhecer mais sobre a Vinícola Ametista, visite o site da empresa:
http://www.vinicolaametista.com/

Localização:
Endereço: RS 591, Km 10
Município: Ametista do Sul
Distância Capital (km): 440

Contato:
Telefone: 55 (55) 9979-9898
E-mail: vinicolaametista@gmail.com

Comentários

José Lândio disse…
Nossa! Essa vinícola é uma "pedra preciosa!" Muito legal. E o blog é muito esclarecedor. Sem palavras...
Unknown disse…
Vinho maravilhoso , foi esta a clasificacao que uns amigos meus na Suissa fiseram apos a degustacao , levei o vinho para que eles experimentassem em Lucerne .
para o meu espanto teceram muitos elogios (por ser um vinho novo, eles preferem vinhos mais maduros) .
Parabens ao Silvio e ao seu pessoal , abracos e sucesso

Pedro Siqueira

Postagens mais visitadas deste blog

Enomatic

Sabores de Verão - Koh Pee Pee, Champagne, Chez Philippe - Ano 7

A arte de fazer um grande queijo | Visita a Raul Anselmo Randon | Vacaria