Visita a Vacaria - Parte III - Os vinhos Sozo
Como comentado em postagens anteriores, a visita a Vacaria havia rendido tantos vinhos, conversas interessantes, curiosidades, que seria dividida em três partes!
A chuva continuava não dando trégua. Mesmo assim, era hora de seguir a programação!
Saímos encantados da casa de Raul Randon. Foram as histórias, o aprendizado, a visita a queijaria: provar um dos melhores queijos do Brasil na origem, conhecer mais os vinhos.
Era hora do almoço. Estávamos em Vacaria, terra gaúcha de raiz, não poderíamos deixar de provar um autêntico churrasco!
José Sozo reservou uma mesa em uma casa reconhecida, a Água na Boca. Uma casa simples, porém serviço impecável. O almoço seria dedicado a conhecer mais sobre os vinhos da Sozo, bem como a combinação com os cortes de carne.
Reconhecido executivo, Sozo começou sua carreira jovem. Saiu de Flores da Cunha para estudar em SP, atuando em grandes empresas, como Melhoramentos, Cica, grupo Randon. Hoje, dentre outros negócios, está dedicado ao cultivo de maçãs, vinhedos, além de carvalhos, que ornamentam toda a sua propriedade. Seus vinhos são de pequena produção, exclusivamente com uvas próprias.
E o churrasco!! Uma delícia!! Harmonizou muito bem com o Merlot!
Confira abaixo a história da vinícola e algumas imagens do encontro!
OS VINHOS DA SOZO:
Segundo José Sozo, "A proposta de uma pequena adega familiar para produzir
vinhos finos, com uvas cultivadas em vinhedos próprios, tem raízes históricas e
se projeta em desafio para o futuro participando do novo mercado com a diversidade
de terroir, cepas, novas tecnologias e a arte dos enólogos para surpreender os consumidores."
A família Sozo deixou a Itália em 1878 e aqui no Brasil 3
gerações sobreviveram cultivando videiras das variedades Isabel, Barbera,
Seibel e Peverela, produzindo vinho a granel para a Cooperativa Vinicola São
Pedro de Flores da Cunha.
Agora, partimos para as terras altas do Rio Grande do Sul, a
Região dos Campos de Cima da Serra, um terroir para vinhos finos de altitude
que apresentam maior estrutura de cor e taninos
marcantes, fator que amplia o potencial de longevidade.Estas
características resultam da maior
amplitude térmica (diferencial de temperaturas entre o dia e a noite) e colheita
mais tardia em relação à Serra Gaúcha. O plantio iniciou em 2000, sendo a primeira vinificação em 2004.
No vinhedo de 9,5 hectares, situado no Município de Monte
Alegre dos Campos, foram implantadas as variedades tintas Cabernet Sauvignon,
Merlot, Pinot Noir e Petit Verdot, e as brancas Chardonnay e Sauvignon Blanc. As uvas são processadas em parceria com a Embrapa Uva e
Vinho de Bento Gonçalves, resultando os seguintes vinhos:
Tintos – Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Petit
Verdot e Assemblage (cabernet sauvignon, merlot e petit verdot).
Brancos: Chardonnay e Sauvignon Blanc.
Espumante Champenoise Sozo Imagination (60% Pinot Noir e 40%
Chardonnay) e Charmat longo com a mesma proporção das uvas clássicas francesas.
Comentários
Linda matéria, me fez relembrar tantos momentos especias, Vacaria dos Pinhais, dos sesmeiros e dos povoadores... e dos italianos que se deslocavam para contruir as taipas, enfim, mais uma vez, história, cultura e vinho e harmonização completa!
Beijos
Ingrid