Austrália, Nova Zelandia e Africa do Sul






NOVO MUNDO


No universo do vinho há inúmeras classificações, desde o estilo, regiões, tipos de uvas. Uma delas, ampla e genérica, divide em dois o mundo do vinho. O "Velho Mundo" compreende os vinhos elaborados na Europa, os caracterizando como mais antigos e tradicionais produtores; o restante entra no eixo "Novo Mundo", países posteriormente descobertos, onde a cultura da videira teria sido levada pelos colonizadores. A tecnologia, alta qualidade, adequações gerais nas vinícolas acontecem nos dois "grupos"; o que realmente diferencia é o estilo dos vinhos. No "Novo Mundo" há uma tendência a vinhos de maior graduação alcoólica, mais uso de barricas novas, inovar com vários tipos de uvas; no Velho Mundo priorizam-se técnicas tradicionais, denominações de origem, variedades regionais. Dentre os países do Novo Mundo, estão Chile, Argentina, Brasil, Uruguai,Estados Unidos, além de Nova Zelândia, Austrália e África do Sul. Pelas distâncias e preços os vinhos destes últimos quatro territórios estão pouco a pouco chegando e ocupando seu espaço nas lojas e mercados brasileiros. Conheça um pouco sobre estes vinhos exóticos e surpreendentes!

(Cloudy Bay é um dos vinhos mais emblemáticos do Novo Mundo, ícone da Nova Zelândia)

Nova Zelândia - natureza, paisagens exuberantes, clima fresco e muita influência marítima são a identidade da Nova Zelândia. O vinho chegou com os colonizadores, mas foi em meados de 1970 que a atividade se consolida. Nesta época, um grupo adquire vastas áreas na região de Marlborough, localizada na Ilha Sul, e cultiva diversas variedades para elaborar vinhos simples. Quando chega a colheita, vem a surpresa: aromas e sabores indescritíveis da uva Sauvignon Blanc. Descobre-se uma das melhores terras do mundo para esta variedade. Com acidez refrescante, aromas de pêssego, maracujá, goiaba, capim verde, torna-se inconfundível e único, em qualquer concurso, em qualquer mesa. São marcas importantes "Cloudy Bay", "Sanctuary", "Greywacke", "Matua Valley". Uma salda com frutas, gastronomia japonesa ou peixes com molhos cítricos fazem a combinação perfeita.




Austrália - este país continental tem vinho desde o seu descobrimento, com forte influência das variedades do Vale do Rhône, como Grenache e a emblemática Syrah. Esta uva rica em aromas de especiarias e lá chamada Shiraz e está cultivada em diversas regiões de país. Outras variedades importantes também são a branca Riesling, além das tintas Cabernet Sauvignon e Merlot. Dentre as zonas produtoras, a maior concentração está no sul do país, sendo as principais Barossa Valley, Clare Valley, Adelaide Hills, Hunter Valley; em menor produção, com muita qualidade, vinhedos de baixíssimo rendimento, Margaret River. Destaque para os espumantes elaborados na Ilha da Tasmânia. Para provar, marcas como Tyrell's, Mitolo, Oxford Landing, Penfolds, são facilmente encontradas no mercado.






África do Sul - uma terra cheia de histórias, fortemente ligadas com o vinho, hoje bebida símbolo do país e da integração. A uva chegou com as navegações, ficando muito popular um vinho licoroso fortificado "Vin de Constance". A uva emblemática é a Pinotage (um híbrido de Pinot Noir e Cinsault - conhecida como "Hermitage"), com seu estilo rústico, notas frutados, aromas que lembram a defumação, tostado, perfeito para combinar com carnes de caça. Outra variedade que tem se destacado é a Merlot, além das brancas Sauvignon Blanc. Também vale conhecer os espumantes, geralmente elaborados com Chenin Blanc. As principais regiões são Constantia, Paarl, Stellenbosh, sendo importantes marcas "Klein Constantia", "The Spice Route", "Nederburg". Vale conhecer um produtor biodinâmico "Avondale", além do "Raka", com seus vinhos de partida limitada.

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